segunda-feira, 6 de maio de 2013

Curso Proinfo - G4. Atividade 02.



 O que é ser professor hoje? Quem sou eu nesse contexto? São questões difíceis de serem respondidas pela complexidade de nossa moderna sociedade capitalista, baseada nos meios de produção que apresenta como paradigma o consumo.
Este modelo de desenvolvimento apresenta uma homogeneização cultural dos padrões de produção e consumo ocasionando uma perda de identidade e o aumento da alienação cultural, política e social.
A escola se faz reflexo da sociedade, uma esfera reprodutora desta realidade fria e individualista em que vivemos, perdida em meio à nuvem densa e obscura da alienação em massa, ajudando a transformar as futuras gerações em marionetes do sistema capitalista onde a sede de consumir e  o poder do ter é maior que as relações humanas.
Vejo-me nesta lógica. A educação é o principal instrumento para a transformação da realidade, mas também é o principal instrumento para a manutenção da mesma, do “status co” da classe dominante. O Estado e nossos representantes deveriam servir e defender os interesses da grande massa, da população em geral, no entanto  serve as grandes corporações, aos grandes empresários e latifundiários, e a educação funciona como instrumento de manipulação da população, nenhum governante quer pessoas cultas e críticas em relação à sociedade em que vivem, o maior inimigo do governo e do sistema é o povo instruído.
Lógica esta questionada e combatida todos os dias como educador que sou, faço minhas as palavras de Paulo Freire:
“Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda.
Sou professor  a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais.
Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura.
Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo.
Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza.
Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo descuidado, corre o risco de se amofinar e já não ser testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa mas não desiste.”       

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